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Como serão as próximas viagens?

Estamos vivendo uma verdadeira montanha russa de sentimentos, durante esses dias que estamos em casa. Tem dias que acordamos super produtivos, trabalhamos 3x mais do que trabalhávamos antes, arrumamos a casa, fazemos uma atividade física online, coisa que não fazíamos antes e ainda arrumamos tempo para ficar com a família e ler aquele livro ou assistir aquela série.

Mas tem dias que bate aquele desânimo e mais um bonde de sentimentos de sombra. Ficamos desanimados e ansiosos, para saber quando poderemos ter a liberdade que tínhamos antes e que hoje percebemos que não valorizávamos.

Fazendo uma conexão, desse reviravolta mental com o mundo das viagens, eu acredito que a mente do viajante também vai mudar.

Antes de tudo isso acontecer, já vinha percebendo um certo despertar no perfil do viajante.
As pessoas já não buscavam mais por viagens superficiais, elas já tinham em mente o destino que queriam conhecer e o tempo que poderiam ficar, tinham isso muito bem definido.
Já estavam valorizando os pequenos momentos e querendo agregar experiências em que elas próprias, poderiam interagir e vivenciar, de uma maneira mais intensa.

E depois que tudo isso “passar”, acredito que elas darão mais valor para pequenas atitudes, que antes passavam despercebidas e que hoje percebem o quão especial eram, como por exemplo, sentar com um amigo para tomar um café , ou então, em como era leve, pegar o carro e passar o fim de semana descalço em meio a natureza , em como era bom tomar sol com a família.

Que possamos escolher as nossas viagens e fazer delas, momentos especiais, intensos e que nos agreguem.
Que não seja uma viagem superficial. Que possamos voltar para casa transformados ou que até mesmo, possamos nos transformar no dia a dia, em consequência do que vivemos em nossas viagens.

Que possamos nos ajudar mais, seja dando o nosso lugar na fila do aeroporto, não furando a fila da entrada do museu, sendo mais pacientes com todos, falando palavras de carinho.
Que esse tempo que estamos passando em casa, seja proveitoso e que possamos aplicar todos os aprendizados ao vivo.
Que não joguemos fora, toda a solidariedade que estamos vendo, toda a empatia que estamos vivendo e todo o amor que estamos emanando.

Que possamos reconhecer e valorizar a abundância que temos nesse universo e a natureza que nos cedeu lugar.

Que reconheçamos a diferença que estávamos fazendo no meio ambiente e que aprendamos com as respostas que ele nos deu nesse dias de quarentena.

As pessoas sairão de suas casas em busca de momentos e de experiências.
Optarão por viagens com pessoas que amam e para lugares que sempre quiseram conhecer.
Irão valorizar a leveza dos momentos.
E que toda essa mudança, não desapareça, que possamos não cair na rotina novamente,no esquecimento e que não voltemos à vida agitada e sem foco que tínhamos.

Complementando com o último parágrafo de outro post que eu fiz:

Que as pessoas possam ter mais presença e que deem mais valor ao presente e possa ver, que o mundo vai muito além do material.
Que possamos dar mais valor, ao doce da barraquinha da tiazinha, do que ao donuts daquela marca famosa.
Não desmerecendo as grandes marcas, de forma alguma, mas que possamos valorizar mais a cultural local da região em que iremos visitar e que possamos interagir mais com a comunidade e de maneira simples.
Que façamos mais cursos de gastronomia local em Bangkok, ao invés de subir no skybar famosinho que passou no filme.
Que possamos fazer um pic nic em um dos inúmeros parques de Londres, ao invés de passar uma tarde toda comprando na Harrods.
Que possamos investir mais em nós mesmos, para que assim cresçamos todos juntos, em uma mesma egrégora.

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